Números da dengue neste ano já são maiores do que em 2015

Dengue, zika e chikungunya apresentaram quadro de expansão no Estado e ativam alertas

Os números de ocorrências das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti (dengue, zika e chikungunya) têm aumentado no Estado em comparação com 2015, alertando para a importância da conscientização de todos para o combate ao vetor.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), somente neste ano, até o último dia 28, já haviam sido identificados 251.315 casos prováveis de dengue em Minas Gerais. Em 2015, foram 12 confirmações e 401 notificações.

Já no que diz respeito à chikungunya, ainda conforme os dados do Governo, já foram notificados 513 casos, sendo 8 confirmados. Em 2015, foram 12 confirmados e 401 notificados.

Em relação ao zika vírus, até agora, há um total de 5.842 casos notificados, tendo sido confirmados 789. O número é alarmante se comparado a 2015, quando houve três casos confirmados e 70 notificados.


Belo Horizonte. Na capital mineira, de acordo com dados disponibilizados pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), 44.456 casos de dengue já foram notificados, sendo que 16.635 já tiveram confirmação.

A região do Barreiro, que durante algumas semanas havia registrado o maior número de casos da doença, recuou em relação à região Nordeste, que hoje lidera o número de ocorrências de dengue. Esta região, atualmente, conta com 3.392 casos confirmados de dengue, enquanto esse número na região do Barreiro é de 2.496. A Centro-Sul é a que tem menos casos confirmados até agora, somando 774.

Alguns fatores alarmantes têm sido vistos em diversos bairros da capital mineira, gerando a insatisfação de moradores com a falta de colaboração de muitos dos seus vizinhos. Conforme relata Helena Pereira, 58, moradora do bairro Cachoeirinha, localizado na região Nordeste, ela já presenciou muitas situações que favorecem a proliferação do Aedes aegypti. “Só de passar na frente de algumas casas com grades, já é possível ver que há pessoas que deixam garrafas e outros objetos que acumulam água espalhados pelo quintal. Além disso, há os lotes vagos, que acabam contribuindo para que esse quadro vá se estabelecendo com cada vez mais intensidade. Tentamos alertar as pessoas, mas elas nem sempre dão ouvidos ou entendem a gravidade do problema”, desabafa.

Especialista explica principais sintomas

O Aedes aegypti transmite a dengue, o zika e, também, a chikungunya. Mas de que maneira é possível identificar essas doenças, já que elas podem apresentar características bem parecidas?
Conforme ressalta Marise Fonseca, infectologista e professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), nem sempre as pessoas apresentarão todos os sintomas. Além disso, alguns, como a febre, podem variar de intensidade, de acordo com a enfermidade. “No caso da dengue, a febre é mais intensa. Já quanto ao zika, caso provoque febre, esta costuma ser mais baixa e com duração menor. Pacientes com chikungunya, geralmente, também apresentam febre mais baixa em comparação à provocada pela dengue”, diz. 

A professora ainda explica que as manchas pelo corpo, por exemplo, são mais comuns nos casos de zika; já as dores musculares se fazem mais presentes nos quadros de dengue; as dores articulares, por sua vez, são mais características da chikungunya.

fonte: Juliana Siqueira / portal O Tempo
foto: divulgação




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