Monsenhor Jair: 60 anos a serviço da Fé Cristã e da Família Unida

Da Redação
Setembro / 2015
fotos: Fernando Luigi


O Carrancas em Pauta parabeniza o Padre Jair pelo seu Jubileu de Diamante na vida sacerdotal e por uma vida inteira dedicada ao sagrado ofício de fazer o bem. 

Seis décadas, 60 anos. Poucas cidades do Brasil podem se orgulhar de ter na liderança de sua paróquia um vigário completando seu "Jubileu de Diamante" de ordenação sacerdotal. Carrancas, graças ao Padre Jair, é uma das raras delas. É lá que ele vive desde 26 de fevereiro de 1956, pouco mais de dois meses depois de ter sido ordenado padre, no dia 17 de dezembro de 1955, pelo bispo de Campanha, Dom Inocêncio Engelke.

Na figura de seu presbítero, cada carranquense enxerga uma joia rara, um amigo de verdade, uma pessoa que vive em função do próximo e um servo de Deus, no sentido real da palavra. Em síntese, um homem que fez do amor aos semelhantes a principal razão de sua existência, alguém que com os seus ensinamentos, mais do que elogios e sorrisos guarda em um lugar muito especial de seu coração a alegria da redenção de almas e o resgate de vidas como principais troféus.


Passar uma tarde conversando com o Padre Jair e como ter um bate-papo agradável com um irmão mais velho ou com um amigo muito querido. Ele é - e sempre foi - um homem forte em suas convicções, suportadas por argumentações lúcidas, claras, certeiras e muito bem embasadas. Aos 85 anos de idade, ele não pode ser considerado como um modernista dentro dos padrões atuais, mas, sem dúvida alguma, é um homem ativo e antenadíssimo na dinâmica do mundo e da sociedade. E, inegavelmente, essa sua forma muito particular de agir e de pensar é muito eficaz na tarefa de manter as famílias carranquenses unidas.

Um exemplo muito claro disso, é a relação que ele estabelece entre os avanços da tecnologia e os valores essenciais da moral, que devem guiar a trajetória de toda a pessoa de bem, entre eles, os que dizem respeito à educação: "Para mim, a educação é do tamanho da vida: nela não há começo e não há fim. A palavra 'educar' vem do latim 'educere', que significa tirar de dentro, extrair. Assim, educar é tirar tudo aquilo que a criança, o jovem e o ser humano têm dentro de si", explica ele. "E se a educação fosse mais difundida no mundo, não existiria a fome, a miséria, a violência, o desamor e tamanha desigualdade. Ela levaria o ser humano a conquistas cada vez maiores, contemplando-o com a felicidade de ser e fazer seus semelhantes mais felizes. Então, a humanidade precisa aprender a amar mais", ensina o decano sacerdote, com muita sabedoria em cada uma das palavras.

Exemplo de simplicidade, honestidade, dedicação e fé, o pároco de Carrancas sempre teve como foco em seu trabalho a unidade fundamental da família, norteada pelo respeito. E isso, ele alerta, retomando o tema, anda meio em risco nos dias de hoje, com o acesso e a presença cada vez mais fácil e constante da tecnologia na vida das pessoas. "É claro que o progresso tecnológico, aquele que ajuda as pessoas a serem melhores e mais participativas na vida da comunidade, é sempre bem-vindo. A tecnologia está a serviço da humanidade. Porém, o mau uso dela vem causando confusão entre aqueles que não sabem distinguir o que é bom e o que é mau. Hoje em dia, muitos pais e mães relegam a educação de seus filhos à televisão, fazendo com que eles assimilem e aceitem os exemplos que vêm de programações nem sempre saudáveis", pontua, com indisfarçável dissabor.

"Da mesma forma, é um exagero ver os jovens entretidos com celulares até dentro de salas de aula. E com as novas leis que 'protegem' as crianças e os adolescentes, os professores são reféns dentro de escolas, deixando de lado as regras e alguns valores essenciais, como a disciplina e o respeito", complementa, deixando um recado muito claro para aqueles que, infelizmente, ainda não conseguiram perceber a diferença nada sutil que existe entre a liberdade produtiva e a libertinagem equivocada, cuja prática, naturalmente, não leva a nada. Sábias palavras, monsenhor.