Stand Up Paddle, uma mania nacional entre os praticantes de esportes náuticos

O esporte nasceu no Havaí e já conquistou os brasileiros do mar, de lagos e represas



Para os amantes dos esportes náuticos, navegar é preciso e sempre. No Brasil, com uma costa privilegiada de praias com mais de oito mil quilômetros e uma bacia hidrográfica singular, os esportes náuticos para muitos ainda é um sonho distante. Para outros, quase impossível. O que sabemos é que não sabemos aproveitar todo este potencial de águas para a prática de esporte e lazer, gratuito.

A prática de esportes náuticos, bem como o uso de embarcações para recreação e lazer, apresenta ainda números tímidos de praticantes e consequentemente um comércio em evolução em toda a sua cadeia produtiva. Mas cresce, e isso é importante num país com toda essa adequação geográfica.

No ainda pequeno e tímido mundo náutico brasileiro, toda evolução de modalidades esportivas e novidades em máquinas e equipamentos náuticos do planeta, tem aparecido por aqui com mais rapidez. Além da internet, nossos atletas que se destacam com muito brilho mundo afora, são responsáveis pelas atualizações teóricas e técnicas na prática esportiva.

O Stand Up Paddle já percorreu um longo caminho a partir de suas raízes em que foi utilizado pela primeira vez no Havaí pelos famosos beachboys. Há um consenso geral entre os historiadores de que o surf empresarial beachboys teria remos superdimensionados e tábuas como prancha nas praias lotadas de Waikiki, para tirar fotos de turistas que queriam aprender a surfar. Nos anos 90, quando Laird Hamilton e um núcleo de watermens re-introduziu o esporte de stand up paddle surf como uma atividade de formação física.

“Hoje o Stand Up Paddle é uma febre no Havaí e está chegando com tudo aqui também”, afirma Marcelo Dias, educador físico e instrutor de Stand Up Paddle na cidade de Ilhabela, litoral norte paulista. O SUP já tornou-se popular entre surfistas como o lendário Kelly Slater, Brian Keaulana, Todd Bradley e Rob Machado.
No Brasil, atletas como Luiz Juquinha, Jorge Pacelli, Jairo Pontes, Haroldo Ambrosio e Herbert Passos são vistos dividindo as ondas com surfistas das praias do litoral paulista. 

Mas o que é Stand Up Paddle ou Sup?

Surf praticado em pé e com o uso de remos. Assim pode ser definido, de forma básica, o Stand Up Paddle Surf, uma variação do surf, que ainda está começando a se difundir no Brasil. O Stand Up já atrai vários adeptos e para praticar, só são necessários uma prancha e um remo.
"Todo mundo pode praticar, é bem gostoso. Para começar, é preciso ter uma prancha de 10 a 12 pés(3 a 4 metros), mais larga e mais grossa que as do surf convencional para dar mais estabilidade ao atleta. É necessário também um remo, do estilo canoa havaiana, e o tamanho deve ser sempre um palmo acima da cabeça", explica Marcelo.

Uma das grandes vantagens dessa modalidade esportiva é sua grande versatilidade. Pode-se praticar o SUP em qualquer lagoa ou praia com águas calmas, realizar passeios ou travessias de longa distância, surfar desde marolinhas até grandes ondas e realizar manobras radicais.

Stand Up Paddle pode ser a sensação do próximo verão em Carrancas e região

Para o empresário Edison Aparecido de Abreu Jr., conhecido pelo pseudônimo "Oirot" (pronúncia: oirô), esta tendência desportiva encaixa-se nos seus projetos para cidade de Carrancas, onde vive e é proprietário da empresa Carrancas Eco Adventure (www.carrancaseco.com.br) há 8 anos. "Através de aulas o aluno pode conhecer os diferentes tipos de equipamentos, aprender as técnicas básicas de remada e direcionamento da prancha, além da postura e posicionamento ideal. Após o curso básico, pode-se ter aulas avançadas direcionadas para o surf com o Stand Up Paddle. Serão fornecidos todos os equipamentos para as aulas, em horários flexíveis e preços acessíveis", conta Oirot.

Invetimento

Tanto a prancha quanto o remo, por se tratar de ainda novidade, são importados em sua maioria. Os preços variam entre R$ 3.500,00 a R$  5.500,00, só a prancha. Já o remo, em fibra de carbono (torna o equipamento mais leve), varia entre R$ 800,00 e R$ 1.000,00.
Há dois anos a GZero Tech, sediada na cidade do Guarujá, litoral paulista, vem produzindo pranchas para SUP utilizando tecnologia de ponta com maquinário todo robotizado, o que garante precisão na composição de material e na laminação. 
Os preços são mais atraentes com a mesma qualidade das pranchas importadas: de R$ 1.750,00 a R$ 3.050,00, é possível adquirir uma excelente prancha, além de acessórios e sair ‘pranchando’. 


.:: texto Fernando Luigi ::.
Matéria atualizada. 
Revista Conexão Paulista nº 15 em 25/1/2012.


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