Empresários carranquenses participam de curso do Senac

O hábito do brasileiro em beber vinho ainda não pode ser considerado uma preferência, porém, a bebida apresenta claros sinais de uma tendência crescente nos costumes degustativos da boa mesa.



Conta a história que na chegada em terras brasileiras, o vinho oferecido aos índios pela comitiva de Cabral já não estava mais apto para o consumo. Ao invés dele, foram os índios quem ofereceram seu Cauim, vinho fermentado de mandioca.
A verdade é que na última década o brasileiro assumiu definitivamente o ‘gosto’ pelo vinho e não bastasse apenas saborear, sempre veio (e vem) aquela dúvida sobre tipo de uva, qualidade, envelhecimento, fermentação, enfim, dúvidas que até pouco tempo atrás era possíveis de serem esclarecidas para poucos interessados.

Ainda considerando uma acentuada tendência pela bebida, e que tudo pode levar a uma preferência nacional, hoje existem uma infinidade de clubes do vinho, sociedades do vinho, e cursos para Sommelier e para Enólogos.
E o que significam essas duas palavras ainda estranhas em terras brasilis?
Vamos tentar esclarecer pontuando, separadamente, as duas atividades profissionais, isso mesmo, profissionais.
Enólogo:
O Enólogo é um profissional com características definidas, dentro do perfil ocupacional da indústria, e para as tarefas de coordenação, supervisão e execução, sendo responsável pela produção e por todos os aspectos relacionados com o produto final desejado, como o vinho, espumante, suco, brandy ou graspa. Muitas vezes, o enólogo exerce também funções de vendedor e assume a parte de marketing relacionado com o produto que vende.

Sommelier
O Sommelier é o profissional responsável pelas bebidas (principalmente, mas não unicamente, vinho) no estabelecimento, que pode ser um restaurante, bar ou um comércio - loja ou importadora de bebidas.

Acetur promove curso
Pensando no aprimoramento e conhecimento do produto e mercado de vinho, a Acetur - Associação Carranquense dos Empresários de Turismo organizou um curso de vinho para os associados. Participaram 11 membros da Acetur para o curso ministrado pelo SENAC - Regional Juiz de Fora. O curso para Sommelier teve a duração de 18 horas/aula e foi dividido em quatro dias (5, 6, 12 e 13 de novembro).
O brasileiro consome cerca de 1,8 litros de vinho, per capita, anualmente. Em países como França e Itália, por exemplo, esse número supera com folga os 50 litros per capita/ano.
As impressões dos empresários participantes foram as mais positivas. “Tudo o que vier a acrescentar gerando benefícios como qualificação, é sempre bem vindo para nós empresários carranquenses”, comenta com entusiasmo Erton Silva sócio proprietário do Recanto Bar, Restaurante e Café.

Prof. Flávio (à esq.) e o Consultor Carlos Eduardo (à dir)
Senac
Consultor do Senac, Carlos Eduardo Pereira Pinto esclarece que o curso oferece conhecimentos básicos sobre vinho e suas peculiaridades de serviços como degustação, harmonização e até mesmo o jeito de servir a bebida, tanto comercialmente como particularmente.
Admirado pelos participantes por seus conhecimentos e o  interesse em transferir seus conhecimentos sobre vinho, Flávio Augusto Paiva Gomes, professor pelo Senac, interagiu com os ‘alunos’ até o último momento da sua missão. Na noite do dia 13, um jantar de confraternização foi oferecido pela Acetur, e durante o evento Flávio ainda preocupou-se em fazer demonstrações com vinhos selecionados para este momento, e claro, a maneira correta de servir e ‘combinar’ paladares: tipo de alimento com o vinho certo.

Para Claudinei Palma Sotta, presidente da Acetur, o curso superou expectativas tanto no contingente de participantes que fidelizaram presença do começo ao final, assim como no jantar e encerramento do curso.
“Para o Festival Gastronômico edição 2016, planejamos realizar ações específicas focadas no vinho e trazer para Carrancas mais cursos desse gênero tendo sempre como objetivo o aperfeiçoamento nos serviços voltados para o turismo”, conta Claudinei.

fotos: Fernando Luigi

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