Você sabe qual é a diferença entre fazer turismo e ser um turista?

Infelizmente não podemos nos calar diante de um fato ocorrido no final de semana (10 e 11/1) aqui na cidade de Carrancas onde um comércio foi atacado por baderneiros, simplesmente por falta de hábito, costume e pior, de educação.

Eu que já visitei e vivi em cidades com vocação turística, volto à esta pauta porque me parece que o brasileiro precisa antes de escolher um destino turístico, tomar algumas aulas de comportamento. Não seria leviano em afirmar que se trata de 100% da população brasileira, mas entendo ser a grande maioria portadora de maus hábitos quando sai de casa.

Uma cidade tranquila, pacata e de paz como é Carrancas, não merece receber "espécimes estranhas" e na minha opinião devemos expurgar ditos turistas que não respeitam nem mesmo o chão de onde pisam.

Então vou pegar um espaço deste editorial para que façamos uma revisão e reflexão sobre a palavra Paz e o conceito de Paz:

A Paz é geralmente definida como um estado de calma ou tranquilidade,  uma ausência de perturbações agitação. A palavra PAZ derivada do latim Pacem = Absentia Belli, pode referir-se à ausência de violência ou guerra, e  neste sentido, a paz entre nações e dentro delas, é o objetivo assumido de muitas organizações ao redor do mundo atual.

No plano pessoal, PAZ designa um estado de espírito isento de ira, desconfiança e de ódio.

A PAZ  é desejada por cada pessoa para si próprio e, eventualmente, para os outros, ao ponto de se ter tornado uma frequente saudação (que a paz esteja contigo) e um objetivo de vida.

Fica uma dica para os estabelecimentos comerciais aqui da cidade, afixarem este texto em local visível e em letras destacadas.

Sim caro leitor, a cidade chocou-se com a atitude de um turista que destratou um comerciante e funcionários partindo logo para a ignorância com agressão física. Oras, esse sujeitinho saiu da sua casa para se divertir ou enojar a raça humana?
Ainda não satisfeitos, o sujeitinho e comparsas resolveram destruir o estabelecimento comercial que goza de prestígio local e nacional.

Caro "turista", façam-me um favor: caso você ainda não saiba como se comportar aqui ou em qualquer lugar fora do seu domicílio, fique pregado no seu habitat. Não me venham com intensões más, não me tragam maus augurios, não polua as nossas cachoeiras com "churrasquinho barato", não ofenda pessoas simples e de coração bom, não roube nada das pousadas, não se desculpe ao não pagar comissão ao garçon, não se prive de pagar couvert artístico depois de curtir, cantar e até dançar, não sujem as nossas ruas, venham em PAZ!

Se você discorda deste texto, sugerimos para que você fique em seu "zoológico".



Comentários

Anônimo disse…
Discordo piamente desse texto.
O texto fala de paz, de respeito e no entanto é uma extensão da má educação presenciada pela cidade. Toda história tem dois lados e por mais que a situação ocorrida no final de semana tenha sido um caso extremo. Nada justifica fazer um texto direcionado para turistas, com um tom tão desmerecedor.

Talvez seja a hora de Carrancas deixar de ser uma cidade preconceituosa com a diversidade dos seres humanos. Não tem suporte para esse tipo de evento, não o receba.

Não consegue dialogar com pessoas que passaram do ponto com o alcóol, não tenha comércio. Não estou defendendo a atitude de quebrar um estabelecimento, mas sim de se apurar todo o caso e não divulgar um texto isentando os proprietários e funcionários do respectivo estabelecimento, que estavam envolvidos na situação.

Voltar para o Zoológico? Sério que esse é o conceito de paz que você, caro escritor, conhece?

Fico me perguntando o porque de seu texto não estar assinado. Assuma suas palavras, já que acredito que ela não representa toda a população carranquense.

Atenciosamente,
Naiara

Cara Naiara.

À luz de uma polêmica, podemos criar diálogo e debate. Assim como expus como informação o fato, também expressei minha opinião por direito.
Imprensa livre é assim que se pratica.
O seu comentário é muito mais ferino do que as minhas colocações.
Para alguém como eu, já nos 58 anos de idade e 40 de profissão, posso garantir que nada mudou no comportamento humano quando em estado de vacancia.
Ao contrário, piora a cada ano. É preciso sim barrar desvairados, começando por posicionamento radical.
Paz sim, esconder a verdade jamais. Avalie, ao menos, que passadas mais de 48 horas do fato, eu publiquei somente na certeza de ouvir os dois lados. Investigativo com certeza.
Enquanto apurava, logicamente falavam apenas da agressão praticada pelo turista, mas "por que" o sujeito havia se alterado? Então vamos fundo aos fatos e a conclusão é essa: falta de capacidade de atuar em sociedade por parte do sujeito "turista".
Também não deixaria de colocar neste texto e num contexto geral o comportamento anti turístico praticado internamente neste país.

Em jornalismo ao expressar uma opinião - direito de ir e vir - não significa que as palavras inseridas representam o pensamento e a vontade do leitor ou de uma população, ficou claro isso para você?

Finalizando com uma pergunta:
Para que uma assinatura se há informações no blog sobre a responsabilidade editorial? Basta procurar.

Idoneidade e caráter é primordial para nós.
Boa tarde

Realmente uma situação de completo desconforto para nossa comunidade. Nós, empreendedores do turismo, principalmente, não podemos aceitar situações deste tipo, em que o turista nos coloca na condição de ter que aturar todos os seus dengos e desejos, só pelo fato de estarem pagando pela estadia/serviços. É uma via de mão dupla, da mesma forma que nós dependemos do dinheiro deles, eles também dependem de nós para lhes proporcionar conforto e bem estar. É uma questão de imposição da comunidade, que tem que ser unida, defendendo um ao outro, para que pessoas de má índole e mau comportamento se sinta diminuído ao tentar promover desordem, como foi o caso. Estive presente no local como forma de apoio, para demonstrar que estamos juntos para defender nosso patrimônio, seja ele particular ou público.

Continue com este brilhante trabalho, levando as questões ao debate e ao conhecimento dos cidadãos de Carrancas.



Um abraço,


Daniel da Efon